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terça-feira, 22 de novembro de 2016

GRACILIANO RAMOS - CURIOSIDADES - DOCUMENTÁRIO E AUDIOLIVRO DA OBRA VIDAS SECAS



Resultado de imagem para Graciliano Ramos na Imprensa Oficial em 1930

Graciliano ramos





Prefeitura de Palmeira dos Índios, 1929.

"Prefeito não tem pai"


Fiscal entra esbaforido na sala do prefeito:

- Prefeito, prefeito... Seu Sebastião...

- Quem?

- Seu Sebastião. Ele...

- Que Sebastião, Paulo?

- O seu pai, Seu Sebastião.

- Hômi, fala logo. O que tem ele? - o tempo inteiro o prefeito não havia desgrudado os olhos dos papeis com vários números que rabiscava. Pegara a prefeitura com poucos recursos.

- Ele não quer deixar que os fiscais apreendam os bicho que tão na rua. Disse que era um absurdo, por ser pai do prefeito.

O prefeito levanta a cabeça, olha rapidamente para o chefe da fiscalização e fala:

- Apreenda os bichos e o multe por descumprir a norma.

- Mas.

- Apreenda!

Horas depois, o prefeito Graciliano Ramos encontra o pai, ainda furioso com a multa a ser paga e com os porcos e cães que haviam sido apreendidos na rua. A resposta veio curta e grossa:

- Prefeito não tem pai. Eu posso pagar sua multa. Mas terei que apreender seus animais toda vez que o senhor os deixar na rua.

(O desacato à ordem de não manter os animais nas ruas de Palmeira dos Índios por parte de Sebastião Ramos de Oliveira, pai do escritor Graciliano Ramos, está relatado na biografia O velho Graça: Uma Biografia de Graciliano Ramos, de autoria de Dênis de Moraes. A frase está descrita no livro, a situação que a antecede é pura suposição deste que vos escreve).

(http://terrainteressados.blogspot.com.br)




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O então governador Álvaro Paes, impressionado com os dois relatórios de prestação de contas de sua administração (1929 e 1930), como prefeito de Palmeira dos Índios, convida Graciliano Ramos para dirigir a Imprensa Oficial do Estado. Os relatórios, escritos de forma impecável e em linguagem literária, depois ficaram famosos e integram o corpo do livro Viventes das Alagoas.

... No tempo em que Graciliano Ramos dirigia a Imprensa Oficial, Aurélio Buarque de Holanda era o revisor de textos, e moravam na capital o romancista paraibano José Lins do Rego, a cearense Raquel de Queiroz.

Jorge de Lima atendia em sua clínica médica e já acendia seus lampiões em versos sobre paisagens alagoanas. E a turma avançava com Théo Brandão, Manuel Diegues Júnior, Raul Lima, Carlos Paurílio, Alberto Passos Guimarães, Valdemar Cavalcanti, Aluísio Branco, Cipriano Jucá, alguns deles com passagens pela Imprensa Oficial.
A gestão de Graciliano na Imprensa Oficial do Estado é rápida. Ele assume em 31 de maio de 1930, e fica até 26 de dezembro de 1931. 
Nessa época convocou todos os funcionários fantasmas da Imprensa Oficial, o que muito os assustou. 

Depois de Dezembro de 1931, desgostoso com a vida de burocrata da imprensa, ele volta para Palmeira dos Índios, onde escreve os primeiros capítulos de São Bernardo, entre cafés, cachaças e cigarros, na sacristia da Igreja Matriz.

Mas é convidado pelo interventor do Estado de Alagoas, capitão Afonso de Carvalho (nomeado pelo presidente Getúlio Vargas), a assumir a direção da Instrução Pública, hoje seria um secretário estadual de Educação.
Desempregado, Graciliano aceita o convite e deixa definitivamente Palmeira dos Índios para morar em Maceió. Como responsável pela educação no Estado faz visitas surpresas às escolas e sabatina professores, cria a merenda escolar na rede pública.
No livro biográfico O velho Graça, de Dênis de Moraes, há uma passagem onde ele descreve uma das tantas visitas sorrateiras que Graciliano fazia às escolas. E nesta, vendo que não havia alunos, quis saber o motivo. A diretora, embaraçada, disse que não a regra não permite alunos descalços e sem uniformes. Graciliano comprou sapatos e ordenou que as professoras fossem de casa em casa avisando que agora as crianças já podiam ir às aulas. 
Era avesso à grandes gastos e preferia que se reformassem as escolas, em vez de construir novas. 
Em 1936, três anos após sua posse na Educação do Estado, é demitido e preso, acusado de subversão, em sua casa na rua da Caridade, no bairro da Pajuçara, onde escrevia Angústia.

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(postagem baseada no texto de http://www.cadaminuto.com.br)


VEJA AQUI DOCUMENTÁRIO DA VIDA DE GRACILIANO RAMOS:





AUDIOLIVRO - VIDAS SECAS

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

CONVITE PARA LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA: ESCOLHENDO PALAVRAS, CONTAMOS HISTÓRIAS


ESCOLHENDO PALAVRAS, CONTAMOS HISTÓRIAS
Autoras do ICAL




Convidamos nossos leitores para o lançamento do livro que reúne histórias para crianças. 

A obra está muito bem organizada, as ilustrações são grandes e elas vêm em preto/branco para que as crianças mesmas façam a pintura. Ainda contém jogos para divertir a garotada. 

No coquetel de lançamento haverá diversão, balões, contação de histórias e muita brincadeira!
Não falte

Traga sua família para conhecer os autores. 

Rua Dr. Cardoso de Melo, 382 - Vila Olímpia - SP
Começa às 15 horas e vai até 21 horas. Mas, procure chegar antes de escurecer para que as crianças aproveitem mais. 


Contamos com a presença de todos.




CONVITE PARA LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA: ESCOLHENDO PALAVRAS, CONTAMOS HISTÓRIAS


ESCOLHENDO PALAVRAS, CONTAMOS HISTÓRIAS
Autoras do ICAL




Convidamos nossos leitores para o lançamento do livro que reúne histórias para crianças. 

A obra está muito bem organizada, as ilustrações são grandes e elas vêm em preto/branco para que as crianças mesmas façam a pintura. Ainda contém jogos para divertir a garotada. 

No coquetel de lançamento haverá diversão, balões, contação de histórias e muita brincadeira!
Não falte

Traga sua família para conhecer os autores. 

Rua Dr. Cardoso de Melo, 382 - Vila Olímpia - SP

Vai começar às 15hs e vai até às 21hs. Mas, procure chegar antes de escurecer para que as crianças tirem mais proveito das brincadeiras.


Contamos com a presença de todos.




MÚSICA E POESIA DO ICAL NA LEROY MERLIN





MÚSICA E POESIA DO ICAL EM LOJA DA LEROY MERLIN




Ontem foi feriado - 15 de novembro - mas, para música e poesia não há folga, não é mesmo?

O ICAL esteve presente na tarde de ontem, na loja Leroy Merlin Cia Brasileira de Bricolagem, no bairro do Jaguaré em São Paulo, apresentando música e poesia para os clientes.

A música correu solta pela afinada voz de Luiz Guilherme com as mais famosas e saudosas serestas brasileiras. O som preencheu o espaço e os corações se abriram para o de melhor da música brasileira.

Estavam presentes: Dinah Choichit, Suzana da Cunha Lima, Luiz Guilherme Cruz, Ricardo Augusto, Eliana Dau Peloni, e Jorge da Paixão, o poeta que trabalha na loja. 


O QUE É VELHICE PARA ALGUNS! - Amora

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O QUE É VELHICE PARA ALGUNS!
Amora

Há alguns anos, antes da segunda guerra mundial, vivia no Japão, cidade sagrada de Kioto, uma família conhecida por sua saúde, bondade e longevidade. Seus membros mais idosos, faleciam com mais de cento e vinte anos.

Um deles, chamado Namura, tornou-se um médico notável por seus tratamentos e descobertas. Trabalhava num hospital aos pés do monte Fuji, recebendo inúmeros doentes terminais que se curavam em suas mãos. A técnica, de pouca medicação, era baseada na alimentação e em produtos naturais. Esse talvez fosse o segredo dessa família viver tanto e, bem de saúde.

Namura, aos cinquenta anos, já era um conceituado professor de Universidade, operador e escritor, revelando sucessivas conquistas.

Amado pelos jovens de sua época, sobrevivente de guerra e algumas catástrofes acontecidas no Japão, continuava aos cem anos com a aparência e disposição que tinha aos cinqüenta. Chamou a atenção de muitas pessoas que se interrogavam qual seria o segredo de tanta jovialidade. Parecia que tinha descoberto a fonte da juventude.

Um dia, entrevistado por um repórter, acabou revelando seu dia simples e contínuo. Trabalhava sem parar, levantava-se cedo, dando aulas, escrevendo, orientando pacientes no hospital. Não deixava pensamentos ruins tomarem conta de sua mente. Alimentava-se muito pouco, comendo somente o necessário; um copo de suco de laranja de manhã, com uma colher de azeite de oliva, para facilitar a circulação sanguínea. Ao almoço, um pouco de leite de cabra ou uma fruta da estação, deixando para o jantar uma refeição leve à base de arroz e peixe. Procurava sempre manter o peso ideal à sua estatura, caminhando à pé em sua rotina diária.

Conversava muito com seus alunos mais jovens, procurando se manter atualizado, não falando muito do passado, comentando o presente e sonhando sempre com um futuro promissor.

Era constantemente questionado sobre o sucesso no tratamento de seus doentes, principalmente os portadores de câncer, aos quais dedicava cuidados especiais. Respondia através da alimentação. Certos tipos de alimentos alimentam as células cancerígenas, mesmo com tratamentos químicos e radioterápicos, que estacionam o Câncer mas não curam, fazendo-o voltar, porque o organismo enfraquece.  É necessário matar de fome as células cancerígenas, alimentando as boas e nutritivas ao fortalecimento do corpo. Seu estudo e livros publicados tiveram grande repercussão entre equipes médicas, sendo convidado até hoje, quase aos cento e cinqüenta anos, a fazer palestras para médicos jovens e universitários.


Quem diria que não encontrou na vida o elixir da mocidade, transmitindo aos mais jovens seus conhecimentos e experiências, até esta idade. Um ser destinado a destaque entre os viventes.

UMA ANTIGA LENDA CHINESA - Ricardo Augusto

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UMA ANTIGA LENDA CHINESA
Ricardo Augusto



As pessoas, em geral, julgam o próximo à primeira vista em função da cena que vêem, sem reflexão alguma.

Tudo é como se lhe parece ser mas, ao revermos não o todo e sem as partes, sempre chegamos a conclusão que: as coisas nem sempre são como os olhos vêem de relance.

Essa estória de que somos a vítima em tudo e por tudo, nos é muito cômoda porque jamais nos colocamos no lugar do outro.

Empatia é sim fator de equilíbrio entre, nós e o mundo que nos rodeia, através dela podemos enxergar melhor as pessoas por dentro, nunca vistas somente pela aparência.

Quanto à antiga lenda chinesa, que mostra o lenhador desatento nos leva à entender o quão necessário é estarmos sempre atentos aos detalhes.

Como artista plástico e em especial, desenhista, fico mais à vontade por saber ver o todo e as partes que o compõem.

Exercito minha memória o tempo todo e faço isso como exercício mental para revirar a memória expondo-a à constante movimentação para lembrar dos idos, e repensar os próximos acontecimentos.


Julgar é muito fácil quando tudo parece ser Virtual porem, a realidade nos deixa sempre com os pés no chão.

UM CRUZEIRO MARÍTIMO COM AMIGOS - Maria do Carmo


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UM CRUZEIRO MARÍTIMO COM AMIGOS
Maria do Carmo


A história que vou contar aconteceu em mil novecentos e setenta e nove, e não chegou a ser um cruzeiro, mas foi em uma escuna – Cruz Malta – com destino a Angra dos Reis, no fim de semana de Carnaval.

Um mês antes da viagem, eu e minha amiga, não fizemos outra coisa além de nos prepararmos para essa aventura, uma vez que iríamos ficar em alto mar, hospedados na dita escuna.

Os passageiros eram formados por casais, somente nós, duas jovens senhoras, é que formávamos dupla e não casal.

As cabines eram minúsculas, dormíamos em beliche, o banheiro era incrivelmente pequeno, o calor insuportável, o barulho do ventilador, ensurdecedor.

O que nos compensava dos transtornos da cabine era a paisagem que víamos em todos os ângulos, magníficas, exuberante; em todo redor do nosso ancoradouro, passavam iates com alegres jovens que nos acenavam, jogavam serpentinas, que retribuíamos com acenos e palmas.
As refeições eram soberbas, tudo pescado pela madrugada e servido com todo o requinte da gastronomia.

Todas as manhãs íamos de lancha até as praias vizinhas onde comíamos petiscos e bebíamos aperitivos extravagantes.

Bem, aventura muito ousada era o momento de passagem da escuna para a lancha que nos levava às praias.

A escada ficava colada no casco da escuna e a lancha boiando o mais encostado possível, acontece que o mas não para de movimentar-se, uma guerra de foice era esse momento. Estávamos a oito metros de profundidade, nós mortas de medo, não sabia nadar, solução? O capitão, logo no primeiro dia, agarrou-me pela cintura e pulou para a lancha, que balançou mais que uma gelatina. Ao voltarmos para o almoço, o pobre do rapaz colocava-me em seus ombros para que alcançasse a escada.

Virou rotina nos seis dias em alto mar – eu era a ultima a sair e a primeira a entrar, pois os espectadores não queriam perder um lance sequer.

E agraciada com essa recepção, vermelha tal qual um rabanete, encaminhava-me para a cabine e só saia quando percebia que todos estavam se preparando para o almoço.


Com todas essas peripécias, foi uma viagem magnífica, fizemos novos amigos, e até hoje nos encontramos, três vezes por anos, para revivermos nossa viagem na – ESCUNA CRUZ MALTA.

O HOMEM QUE VIVEU 150 ANOS - Ricardo Augusto

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O HOMEM QUE VIVEU 150 ANOS
Ricardo Augusto



Josias era o filho mais velho de uma família de quinze pessoas, sempre trabalhando, desde jovem, para o sustento dos pais e de toda o clã.

Jamais sofreu de doença alguma mas, socorreu todos da família durante anos à fio, sem reclamar ou sentir-se o esteio daquela gentarada.

Os pais viveram muitos e muitos anos, os irmãos e irmãs ficaram adultos, estudaram, arranjaram emprego, se casaram e deixaram o grupo.

Josias esteve sempre à frente de todo e qualquer problema que afligisse, que o tinham como sábio, honesto e bastante espiritualizado.

Sua força magnética fê-lo forte e saudável, teve alguns amores pelo caminho mas, jamais optou por viver um relacionamento sério, ficando solteiro até bem mais de cento e cinqüenta anos de vida. Sorte? Quem sabe!

Bem diz o ditado que Deus sabe quanto dar à cada um de seus filhos.

Assim, Josias foi agraciado com boa saúde e doou Amor e compaixão para todos os seres vivos em seu caminho existencial.


Um novo dia - Jany Patricio


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Um novo dia
Jany Patricio

Na varanda, fumando um cigarro de palha, o senhor Mario Duarte olhava para o horizonte. A fumaça confundia-se com a neblina da manhã. Os cheiros do café e bolo no forno atravessavam a porta da sala. Raios de sol surgiam por traz das montanhas dispersando a névoa. Bzzz! Bzzz! – Abelhas rodeavam as flores do jardim.

Ouvem-se roncos de motor. Bii! Bii! – Chega Eduardo trazendo na caminhonete, queijos, ovos e frutas do sítio dos Almeida.

Seu Mario balança a cabeça e sorri. Ele é tetravô de Eduardo.  

Vem na sua memória o tempo em que cavalgava pelos pastos da fazenda. Cuidava da plantação de café. Tudo era feito manualmente ou com a ajuda dos carros de boi. Hoje as máquinas fazem tudo: semeiam, regam, adubam, colhem. Pensava ele.

— Seu Mario, o café tá pronto! – diz Helena, de quem ele é trisavô.  

Ele aciona o botão da cadeira de rodas elétrica e dirige-se para a cozinha, antes colocando o celular sobre uma mesinha da sala. Enquanto isso, Eduardo põe sobre a mesa o queijo e ovos fresquinhos.

— Meus queridos, eu já passei por muita coisa nesta vida. Mas hoje, com a eleição de Trump como presidente dos Estados Unidos, eu não sei o que nos espera – diz ele, apagando o cigarro de palha

Uma receita diferente - Ana Catarina Santanna Maues


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Uma receita diferente
Ana Catarina Santanna Maues

   Feitiço, sortilégio, bruxaria, encanto, magia, mandinga, são alguns dos nomes dados aos atos que têm por fim conseguir algo que se deseja com grande ardor. Aos que acreditam o fazem para namorar, casar, enricar, e por aí vai, mas dona Viúva, assim conhecida por já haver enterrado três ou quatro maridos, queria fazer mandinga para animar um pouquinho aquele que considerava e falava ser o último companheiro, seu Olavo, que andava muito caidinho. Com este intento lembrou de madame Clara, que de clara não tinha nada nem a alma. Em seu terreiro comentavam, de aura misteriosa e fantástica, acontecia de tudo. Era decorado com objetos nada comuns, bode preto, caldeirão, morcegos e outras coisinhas mais. Determinada e cheia de esperança lá foi dona Viúva enfrentando seus medos e receios. Depois de contar por que veio recebeu da bruxa uma receita com ingredientes bem estranhos: uma patinha de rã, sete escamas de cobra, um punhado de pelo de gato, bater tudo no liquidificador com uma colher de cachaça e servir uma pequena porção no copo da cerveja preferida dele.


Dona Viúva comprou tudo e fez direitinho, estava mesmo decidida a revigorar o marido, deixou a cerveja no ponto do gelo e serviu com o feitiço, porém na hora em que ele ia dar a primeira golada ela se arrependeu e bateu com força no copo que virou por sobre a calça do esposo.  Ele bastante aborrecido reclamou muito com ela.  Mas a noite, sabe que Seu Olavo estava bem animadinho. Imagine se tivesse bebido.

O caracol e a borboleta. - Hirtis Lazarin

  O caracol e a borboleta. Hirtis Lazarin   O jardim estava festivo e cheirava a flor. Afinal de contas, já era primavera. O carac...