A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

ROBERTÃO - ANA CATARINA SANTANNA MAUES

           NOVA ALUNA NA OFICINA DO ICAL - ANA CATARINA SEJA BEM VINDA!




Robertão
Ana Catarina SantAnna Maues

Manhã de sábado. Dia preguiçoso. A única programação é nada pra fazer, delícia! Saí para comprar meu pãozinho, passei na banca  apanhei  jornal,   mexi com   alguns cachorros que passeavam com seus proprietários.

 Ah! Que dia lindo!

Porém quando dobrei esquina quem ví?  Robertão! Não, não, tudo menos isso! Ele acabaria com meu sábado, Não é a toa que seu nome era Robertão, fala muito, é chato demais.   

Já era!   Viu-me.

   Feliciano, quanto tempo!

   E aí Robertão?

   Maravilha te encontrar. Rapaz,  sabe que ....

Quarenta minutos depois.  Meu Deus! Ele não dá espaço pra eu  ensaiar a despedida. Como pode alguém conseguir falar tanto.

Ao longe reconheci Alfredinho. Será a salvação da pátria. Mas Alfredinho ao ver-nos desviou.  Foi-se a esperança. Mais de uma hora depois, avistei Claudio. Rezei ara que Claudio caminhasse até nós. Minhas preces foram ouvidas.

   Cláudio! Amigo que bom te ver! Este aqui é o Robertão. - disse segurando Claudio pelo braço.

   Olá prazer! - Saudei o desavisado Claudio – Robertão, por que Robertão?

— Tenho que ir! Vou deixar vocês conversando.


  No caminho pensei sorrindo “logo logo saberá orque ele se chama Robertão”.

AMBIGUIDADE! - Dinah Ribeiro de Amorim




AMBIGUIDADE!
Dinah Ribeiro de Amorim

  Maria era casada com João, um homem apaixonado, mas muito ciumento.

  Para distrai-la de seus problemas, constantes interrogatórios, a mãe, aflita, resolveu  presenteá-la com cachorrinha, da raça poodle.

  João mal repara no presente, achando bom que a mulher se divirta dentro de casa. Nem pergunta se é macho ou fêmea!

  Maria, agradecida, dedicava-se totalmente ao animal, levando-o constantemente a banhos, vacinas, etc...  Substituiu com isso, o filho que não tiveram e os ciúmes do marido. É a alegria da casa.

  Um dia, Pituca, amanheceu meio quieta, enjoada, sem a atividade costumeira.

  Assim que o marido saiu para o trabalho, sem dizer nada, Maria   levou-a ao veterinário da esquina. Após um breve exame, pede-lhe para deixar Pituca o dia todo. Queria melhor diagnóstico. Avisaria o momento de buscá-la.

  Maria deixou o telefone e o endereço de casa, para qualquer emergência. Ficou, realmente, preocupada.

  Dr. Paulo, observando bem, viu que seu problema era indigestão. Deu-lhe um remedinho que resolveu a questão. Telefonou para Maria, mas justamente naquele dia, o telefone não funcionou. Escreveu, então, um bilhete, mandando-o à sua casa, com os dizeres: “Dª. Maria, sua cadela,  já resolvi o problema! Pode vir às três horas. Dei-lhe bom trato e garanto sua melhora por muito tempo”!

  João, que havia chegado do trabalho mais cedo, recebe o bilhete do veterinário. Trêmulo e pálido, tem um desmaio!

  

O caracol e a borboleta. - Hirtis Lazarin

  O caracol e a borboleta. Hirtis Lazarin   O jardim estava festivo e cheirava a flor. Afinal de contas, já era primavera. O carac...